sexta-feira, maio 04, 2007

Esperar...por ti....


Espero por ti porque acho que podes ser o homem da minha vida. E espero por ti porque sei esperar, porque nos genes ou na aprendizagem da sabedoria mais íntima e preciosa, há uma voz firme e incessante que me pede para esperar por ti. E eu gosto de ouvir essa voz a embalar-me de noite antes de, tantas e tantas vezes, te encontrar nos meus sonhos, e a acalentar-me de manhã, quando um novo dia chega e me faz pensar o quão longa e inglória pode ser a minha espera.

Afinal, porque espero eu com tanta fé?!

Porque, quando gosto muito de alguém, é coo se mergulhasse na cabeça da pessoa e viajasse dentro dela, percorrendo o seu passado e adivinhando o seu futuro. E quase sempre acerto no que vejo e quase sempre me alegro com o que conheço. E o meu amor por ti dá-me asas para sonhar, arriscar, descobrir, rir, sentir e, mais importante do que tudo isso, escrever.


Somos nós, com os nossos passos, que vamos fazendo o nosso próprio caminho. Há quem corra demasiado depressa e perca a alma no trajecto, há quem mude de ideias e arrisque um atalho, há quem não saiba escolher a melhor direcção quando chega a uma encruzilhada, há quem deixe pedras pelo caminho para não se perder, se precisar de voltar para trás.

Não sei que espécie de caminhante sou, para onde vou, não sei. Nem sei para onde vais. Nem tu sabes!


O amor enquanto paixão é um sentimento muito traiçoeiro. Podemos sentir durante semanas ou meses ou anos que nada é mais certo e verdadeiro, e um dia, por qualquer razão pouco relevante, ou mesmo sem motivo, ele desfaz-se, dissipa-se, escapa-se da nossa vida, escorregando como água por entre os dedos, fugindo para sempre.

Tu fugiste, se é para sempre ou não, não sei. Nem tu sabes!


Catorze noites, quinze dias inteirinhos, cada um com vinte e quatro horas, cada hora com sessenta minutos, cada minuto com sessenta segundos. Não imaginas o que eu consigo fazer em sessenta segundos; consigo meter o mundo lá dentro, se estiver muito inspirada. E tu inspiras-me muito, inspiras-me ainda hoje, em que os dias do teu silêncio tomaram o lugar dos dias em que, de uma forma ou de outra, te sentia próximo de mim!

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